domingo, 14 de dezembro de 2025
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Oficina em Porto Alegre fortalece linha de cuidado das hepatites virais

EM 13 DE DEZEMBRO DE 2025, ÀS 17:15

Oficina em Porto Alegre discute combate às hepatites virais no Rio Grande do Sul

Uma oficina realizada em Porto Alegre, encerrada no dia 10 de outubro, reuniu gestores, profissionais de saúde e membros da sociedade civil para debater formas de melhorar o diagnóstico, a prevenção e o tratamento das hepatites virais no estado do Rio Grande do Sul. O evento fez parte de uma iniciativa do Ministério da Saúde, que busca eliminar as hepatites virais como um problema de saúde pública até 2030, conforme a meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Desde 2024, o Ministério da Saúde promove oficinas em várias regiões do país, com o objetivo de fornecer ferramentas que ajudem a organizar os serviços de saúde e adequar as estratégias às necessidades locais. Em 2025, oficinas foram realizadas em estados como Amazonas, Roraima e Rondônia, culminando com a atividade em Porto Alegre. Essas oficinas seguem as diretrizes do Guia de Eliminação das Hepatites Virais e são parte do programa Brasil Saudável, contando com a colaboração de diferentes secretarias, coordenações municipais e estaduais, profissionais de saúde e ativistas sociais.

Mário Peribañez Gonzalez, coordenador-geral de Hepatites Virais do Ministério da Saúde, enfatizou a importância dessas oficinas para garantir que as melhores práticas sejam implementadas nas comunidades, considerando suas realidades específicas. Ele destacou que o trabalho colaborativo visa descentralizar o diagnóstico e tratamento das hepatites virais, promovendo um sistema de saúde mais integrado e justo.

Durante os três dias de oficina, os participantes se dividiram em grupos temáticos focados em diferentes aspectos, como gestão, prevenção, diagnóstico e vigilância. A metodologia adotada favoreceu a troca de experiências e a construção conjunta de estratégias.

A parceria entre o Ministério da Saúde e as coordenações locais tem sido fundamental para capacitar profissionais e implementar ações que visam a eliminação das hepatites virais até 2030. Os próximos passos incluem a definição da linha de cuidado, com responsabilidades claramente estabelecidas entre a atenção primária e os serviços especializados, além da elaboração de planos de ação para cada localidade.

Situação das hepatites virais no Rio Grande do Sul

Entre 2019 e 2024, o estado do Rio Grande do Sul apresentou progressos significativos no combate às hepatites virais. O número de óbitos por hepatite C diminuiu em 51,8%, e os casos dessa infecção caíram 30%, conforme dados do Boletim Epidemiológico das Hepatites Virais 2025.

As hepatites A, B, C, D e E são infecções que afetam o fígado e requerem notificação obrigatória. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece exames, como testes rápidos, tratamento e ações para encontrar pessoas em grupos vulneráveis, incluindo detentos, usuários de álcool e outras drogas e pessoas vivendo com HIV.

Além disso, o SUS disponibiliza vacinas contra as hepatites A e B nas unidades de saúde. Para a hepatite C, que não tem vacina, o tratamento oferecido pelo SUS possui uma taxa de cura superior a 95%.

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