Obras em Prédios Históricos de Porto Alegre
O Arquivo Público do Rio Grande do Sul, localizado na Rua Riachuelo, próximo à Caldas Júnior, no Centro Histórico de Porto Alegre, está passando por reformas para melhorar suas estruturas e espaços. As obras começaram neste mês e são realizadas pela Secretaria de Obras Públicas. Este é um dos vários prédios históricos do estado que receberão atenção durante as melhorias nos últimos três anos.
Atualmente, existem duas obras em andamento no Arquivo. Desde outubro, estão em curso a instalação de elevadores, melhorias no sistema de drenagem e impermeabilização do edifício. O investimento total para essas intervenções é de R$ 1 milhão. Anteriormente, os telhados dos prédios 2 e 3 também foram restaurados.
Fundado em 1906, o Arquivo Público ocupa uma área de 5,3 mil metros quadrados e é composto por três edificações construídas entre 1910 e 1950. Em 1991, o conjunto foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae). Além de garantir a preservação de documentos, o Arquivo é um importante recurso para pesquisadores e cidadãos interessados na história do Rio Grande do Sul, abrigando cerca de 21 milhões de registros, incluindo documentos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, assim como registros civis.
Manutenção de Outros Prédios Estaduais
Além do Arquivo, outros prédios da administração estadual também estão sendo recuperados. O Palácio Piratini, sede do governo do estado, recebeu R$ 1,3 milhão para manutenção de suas instalações elétricas. Já a Secretaria da Fazenda (Sefaz) está recebendo um investimento de R$ 19 milhões para a recuperação das fachadas e do pórtico de seus edifícios gêmeos, que passarão a ter suas cores originais, reveladas após a remoção de várias camadas de tinta acumuladas ao longo dos anos.
As construções da Sefaz têm estilo neoclássico e foram tombadas pelo Estado em 1987. O bloco voltado para a Avenida Mauá começou a ser construído em 1919 e teve ampliações ao longo do tempo, originalmente destinado à administração do Cais Mauá. Na década de 1970, o segundo bloco, direcionado para a Avenida Siqueira Campos, também passou a abrigar a Sefaz.
Recuperação de Instituições de Ensino
Instituições de ensino histórico do Rio Grande do Sul também estão recebendo melhorias. O Instituto de Educação (IE) Olavo Bilac, localizado em Santa Maria, recebeu R$ 7,2 milhões, sendo R$ 6,4 milhões direcionados para revitalizar dois prédios tombados, que fazem parte da instituição com mais de 120 anos de história. Anteriormente, outros R$ 827,4 mil foram aplicados em obras.
O IE Oswaldo Aranha, em Alegrete, está passando por sua primeira grande reforma desde 1929. O investimento de R$ 3 milhões garantirá a recuperação do prédio e do ginásio da escola. Antes, já havia sido feito um investimento de R$ 310 mil para manutenção.
Em Porto Alegre, o IE General Flores da Cunha, que esteve fechado por uma década, foi reaberto após um investimento de R$ 23,4 milhões, priorizando a conclusão das obras. Fundado em 1935, o prédio é protegido desde 1997 e destaca-se por elementos artísticos como a pintura “A chegada dos casais açorianos”.
Além disso, o Colégio Estadual Paula Soares, também na capital, está recebendo R$ 4,9 milhões em duas frentes de trabalho. O prédio começou a ser erguido em 1918. Em Jaguarão, a fachada do Colégio Estadual Carlos Alberto Ribas (Cecar), construído em 1910 e tombado em 2012, está sendo estabilizada, com um investimento de R$ 489,6 mil.
Investimentos em Equipamentos de Saúde e Cultura
No Hospital Psiquiátrico São Pedro, no bairro Partenon, o estado investiu R$ 7,9 milhões em diferentes obras, incluindo intervenções já concluídas e em andamento. O hospital foi inaugurado em 1884 como a primeira instituição psiquiátrica do estado.
O Museu da Brigada Militar, que foi inaugurado em 1910 e se transformou em museu em 1987, recebeu R$ 1,5 milhão para melhorias. O edifício está fechado ao público desde o início dos anos 2000, apesar de estar tombado desde 1990.
Essas ações refletem o compromisso do estado com a recuperação e preservação do patrimônio histórico e cultural, garantindo que esses espaços continuem a servir à população e a preservar a memória coletiva do Rio Grande do Sul.