O projeto Mapa Econômico do Rio Grande do Sul chegou ao fim de sua terceira temporada, com a conclusão de um trabalho que visa a criação de novos indicadores econômicos para o estado. A iniciativa se baseia no levantamento e análise de dados, com o objetivo de entender melhor a economia local.
A pesquisa já está trazendo benefícios concretos e oportunidades reais nas cinco macrorregiões do estado. Confira alguns exemplos:
Macrorregião Sul: Foi anunciada a construção de uma nova fábrica de celulose em Barra do Ribeiro, na Região Centro-Sul. Esse projeto, discutido há mais de 20 anos, foi ativado após a coleta de informações junto a produtores rurais, prefeituras e o setor florestal. A empresa responsável, CMPC, confirmou a instalação da unidade, que representa um avanço significativo para a região.
Macrorregião Norte: A industrialização de grãos está ganhando força, especialmente com a produção de biocombustíveis. Investimentos bilionários estão sendo direcionados a essa área, incluindo a construção de uma usina de etanol em Passo Fundo e um projeto de três cooperativas em Cruz Alta voltado ao processamento de soja.
Macrorregião Central: A indústria de alimentos e bebidas está se expandindo, com empresas da região do Vale do Taquari aumentando sua produção e abrindo novas fábricas. Essa movimentação não só visa atender ao mercado interno, mas também as exportações.
Macrorregião Serra: Regiões como o Vale dos Vinhedos estão vendo um crescimento no enoturismo, que impulsiona a produção de uvas e a indústria de vinhos e espumantes. Esse setor também beneficia o turismo, com aumento na demanda por serviços de hotelaria, restaurantes e bares.
Macrorregião Metropolitana: Nesta área, o Mapa Econômico destacou a ascensão de um ecossistema de inovação, impulsionado pelos parques tecnológicos das universidades. Um exemplo é o investimento bilionário da Tellescom Semicondutores, que irá abrir uma fábrica em Cachoeirinha, contribuindo ainda mais para o desenvolvimento tecnológico do estado.
O estudo também revelou uma evolução econômica em torno de dois eixos importantes: inovação e sustentabilidade. No setor ambiental, há destaque para a transformação da produção no Polo Petroquímico de Triunfo, que agora utiliza cana de açúcar para fabricar resinas, gerando o que é conhecido como “eteno verde”. Além disso, o estado tem avançado na instalação de parques eólicos, especialmente na região do Litoral Norte, onde novas iniciativas estão em andamento.
Por outro lado, os desafios continuam. O estado enfrentou quatro estiagens nos últimos seis anos e uma grande enchente em 2024, apontando a necessidade urgente de estratégias para irrigação de áreas agrícolas. Melhorias em infraestrutura e a retenção de talentos também são questões prioritárias.
Durante o projeto, foram visitadas cidades como Bagé, Lajeado, Garibaldi, Cruz Alta e Porto Alegre, onde mais de 700 lideranças regionais se reuniram. O trabalho resultou em um panorama das principais cadeias produtivas do estado, identificado oportunidades de desenvolvimento e estratégias para enfrentar desafios.
Com a coleta e análise de dados, o Mapa Econômico conseguiu desenvolver novos indicadores para o presente e apontar tendências para o futuro do Rio Grande do Sul, proporcionando uma ferramenta mais eficaz para o planejamento do estado.