domingo, 07 de dezembro de 2025
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Um ano da tragédia no Rio Grande do Sul

EM 3 DE DEZEMBRO DE 2025, ÀS 23:44

Tragédia no Rio Grande do Sul: Um ano depois

Um ano se passou desde a tragédia que afetou o Rio Grande do Sul, e é um bom momento para refletir sobre os impactos no mercado de seguros. Em maio de 2024, chuvas intensas atingiram 95% dos municípios do estado, resultando em imagens que ainda marcam a memória dos gaúchos. As enchentes causaram mais de 180 mortes, com 800 feridos e dezenas de desaparecidos. Mais de 2 milhões de pessoas foram impactadas, sendo que 600 mil tiveram que deixar suas casas. De acordo com estimativas do Banco Interamericano de Desenvolvimento, os prejuízos totalizaram aproximadamente R$ 90 bilhões.

No setor de seguros, um dos principais efeitos dessa tragédia foi o aumento da taxa de sinistralidade. Dados recentes, até agosto deste ano, mostram que, ao comparar com o mesmo período do ano passado, a taxa de sinistralidade nos ramos de seguro empresarial, residencial e automotivo caiu significativamente. Essa redução é um indicativo claro das mudanças ocorridas no mercado.

Apesar da diminuição da taxa de crescimento do setor, a rentabilidade dos seguros em 2025 se beneficiou desse cenário, com as taxas de sinistralidade retornando aos níveis históricos.

Análise Geográfica do Seguro

Um ponto importante a considerar no mercado de seguros é a distribuição geográfica das apólices, que pode ser analisada em relação a outras variáveis econômicas. Por exemplo, na região Sudeste, onde habita 42% da população brasileira, é gerada 53% da riqueza e 58% do faturamento do setor de seguro de automóvel. Esses números indicam uma concentração de riqueza que facilita o consumo de seguros nesse local. No entanto, ao comparar os dados de hoje com os de dez ou quinze anos atrás, é possível notar que essa concentração vem diminuindo, indicando um processo gradual de desconcentração no setor.

Seguro contra Risco de Inteligência Artificial

Outro assunto em pauta é a crescente relevância da Inteligência Artificial (IA) no mercado, especialmente a IA generativa, que cria novos conteúdos a partir de dados existentes. Esse tipo de tecnologia é empregada em diversas áreas, como no atendimento ao cliente por meio de chatbots.

Com a evolução das atividades econômicas, onde o risco é um fator constante, a necessidade de seguros relacionados à IA se torna evidente. Recentemente, uma pesquisa da Geneva Association revelou alguns dados importantes sobre a implementação da IA nas empresas de seguro. Entre os principais pontos, destaca-se que 71% das empresas entrevistadas adotaram IA de última geração em pelo menos uma função, e mais de 90% mostraram interesse em obter cobertura de seguro para riscos relacionados a essa tecnologia. Um dos desafios identificados é a dificuldade em avaliar os riscos e o potencial de perdas associados.

A temática da Inteligência Artificial no setor de seguros é bastante atual e promete continuar em destaque, exigindo atenção constante das seguradoras.

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