As agroindústrias familiares têm se destacado em eventos como a Expointer, atraindo a atenção do público. Um estudo recente realizado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Fetag-RS) revelou que as vendas desses produtos no estado movimentam aproximadamente R$ 400 milhões por ano, beneficiando cerca de 15 mil famílias.
Kaliton Prestes, secretário-executivo da Fetag-RS, destacou que essa cadeia produtiva, embora pouco visível, possui uma grande importância econômica, contribuindo significativamente para a subsistência de diversas famílias que trabalham na produção rural.
Os produtos dessas agroindústrias são comercializados por meio de várias formas. As feiras locais, as vendas diretas nas propriedades, as redes de encomenda, os supermercados, as redes sociais e o turismo rural são alguns dos principais canais de venda utilizados.
O presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, ressaltou que, apesar do sucesso, existem desafios que essas famílias enfrentam. Ele defendeu a necessidade de políticas públicas que atendam as especificidades desse segmento.
Entre os principais obstáculos identificados, destacam-se as dificuldades com a legislação sanitária, que foi mencionada por 71,4% dos entrevistados, e a burocracia relacionada à certificação, citada por 64,3%. Outros problemas incluem o alto custo para formalização (62,5%), a falta de infraestrutura adequada (28,6%) e a escassez de apoio técnico (17,9%). Esses fatores podem comprometer o crescimento e a sustentabilidade das agroindústrias familiares na região.