quinta-feira, 18 de dezembro de 2025
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Sindilat/RS discute pressão nos preços do leite com setor lácteo

EM 18 DE DEZEMBRO DE 2025, ÀS 07:43

Na quarta-feira, 17 de dezembro, o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) realizou seu jantar de confraternização de fim de ano. O evento aconteceu no Hotel Plaza São Rafael, localizado no Centro de Porto Alegre, e teve como destaque a entrega do Prêmio Destaques 2025. Essa premiação reconheceu personalidades e instituições que contribuíram para o desenvolvimento do setor lácteo no estado.

Os homenageados incluíram figuras importantes, como o deputado estadual Frederico Antunes, o secretário de Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Edivilson Brum, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo. Além deles, Carlos Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), e Marcos Tang, presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), também foram reconhecidos. O futuro presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Domingos Velho Lopes, e o prefeito de Ijuí, Andrei Cossetin, também receberam a honraria. A Cooperativa Languiru Ltda, que completará 70 anos em 2025, e Julia Bastiani, que está há 15 anos na entidade, foram homenageadas pelo seu trabalho.

Em entrevista, o presidente do Sindilat/RS, Guilherme Portella, apontou que, apesar de um ano inicial positivo, o último trimestre trouxe desafios. Segundo ele, houve um aumento de 8% na produção de leite em comparação ao mesmo período do ano anterior, mas o consumo cresceu apenas 1%. Isso resultou em uma superoferta de leite, impactando negativamente os preços tanto no campo quanto nas prateleiras dos supermercados.

Para 2026, Portella afirmou que o objetivo é aumentar a competitividade do setor. Ele destacou a necessidade de melhorar a produtividade em comparação com países como Uruguai, Argentina e França, que conseguem produzir a um custo menor e acessar mercados externos. Com isso, o excesso de produção poderia ser escoado para outros países ou vendido a preços acessíveis para a população.

O vice-presidente do sindicato e diretor da cooperativa Santa Clara, Alexandre Guerra, expressou preocupação com o aumento da produção e das importações, que têm pressionado os preços para baixo. Ele alertou que a queda de preços afeta diretamente a renda dos produtores e defendeu que o governo tome medidas para conter as importações, garantindo igualdade na competição com os produtos estrangeiros.

O secretário Ernani Polo mencionou que o governo do Estado está buscando novos mercados para facilitar a exportação e melhorar a competitividade do setor. Ele ressaltou a importância de encontrar alternativas para escoar a produção, já que o Rio Grande do Sul produz mais leite do que consome. Para isso, o governo tem adotado medidas tributárias para aumentar a competitividade e ajudar as indústrias a processar e exportar produtos com maior valor agregado.

Polo também concordou que aumentar a competitividade é fundamental para proporcionar mais segurança e estabilidade aos produtores. Ele garantiu que o Estado seguirá trabalhando para abrir novos mercados e facilitar a venda da produção, buscando sempre a estabilidade dos preços para os agricultores.

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