quarta-feira, 17 de dezembro de 2025
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Estresse hídrico prejudica pastagens no Rio Grande do Sul

EM 16 DE DEZEMBRO DE 2025, ÀS 18:43

A seca prolongada tem causado sérios problemas nas pastagens do Rio Grande do Sul, afetando o crescimento da vegetação devido à baixa umidade e às altas temperaturas. Esse cenário tem sido particularmente preocupante nas pastagens anuais e perenes, que estão apresentando sinais evidentes de estresse hídrico. A Emater/RS-Ascar informa que locais com capim-sudão e milheto estão murchando durante o dia, tornando a forragem menos palatável para os animais.

Em várias regiões do estado, o campo nativo, que estava em bom desenvolvimento, agora enfrenta uma estagnação devido à falta de chuvas. O problema é mais grave em áreas com solos rasos e pedregosos, que sofrem com a compactação do solo e a menor capacidade de retenção de água. Além disso, a seca tem dificultado atividades como a adubação e a criação de novas pastagens, que só poderão ser retomadas quando o solo tiver umidade adequada.

Na região de Bagé, as pastagens anuais de verão estão praticamente paradas por causa da baixa umidade do solo. Em Hulha Negra, o trevo-branco está sofrendo bastante, enquanto o trevo-vermelho mostra maior resistência. Em Lavras do Sul, a ausência de chuvas por cerca de 20 dias deixou os campos amarelados e murchos, especialmente nas horas mais quentes do dia. Em São Gabriel, os pastos estão secos, com poucas novas brotações.

Caxias do Sul teve um bom início no desenvolvimento das pastagens devido ao calor e à luminosidade, mas a falta de chuvas agora prejudica a manutenção da umidade do solo. Em Erechim, apesar da seca, as pastagens nativas e perenes estão se desenvolvendo bem, especialmente nas áreas que recebem um manejo adequado. Já em Frederico Westphalen, milheto, sorgo e aveia de verão estão em boas condições, mas a combinação de calor excessivo e pouca chuva gera preocupação sobre a futura disponibilidade de pasto.

Nas regiões de Ijuí e Passo Fundo, a semeadura de forrageiras foi suspensa devido à baixa umidade. Os produtores estão intensificando o armazenamento de feno para enfrentar a situação. Em Pelotas, as pastagens perenes, como Jiggs e Tifton, estão em boas condições, mas outras espécies apresentam crescimento limitado pela falta de chuvas. O mesmo se observa em Porto Alegre, onde o campo nativo está com crescimento atrasado e as pastagens recém-implantadas também não avançam.

Na região de Santa Maria, calcula-se que a disponibilidade de forragem tenha caído entre 30% e 40%. Para contornar essa situação, alguns produtores estão adotando a irrigação para manter a cobertura mínima necessária para o pastejo. Em Santa Rosa, embora a escassez de chuvas seja evidente, a oferta de forragem ainda é considerada razoável, embora algumas áreas já mostrem sinais de envelhecimento das plantas.

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